Pascual Veiga

PASCUAL VEIGA (1842 - 1906)

 

Pascual Veiga (1842 - 1906) nasceu em Mondonhedo. Começou seus estudos musicais como um menino de coro na catedral de Mondonhedo. Com treze anos, ele ensina teoria musical na capela da catedral, e depois harmonia. Desse momento é a sua primeira composição, um Septenario da Virgem das Dores.

Orfeón Veiga

No 1864 mudou-se para A Crunha, onde o cabido de la Colegiada o admite como organista. No 1865, foi nomeado vice-presidente da Seção de Música da Sociedade Fraternidade Juvenil. No concurso literário e musical organizado pela Sociedade dos Jogos Florais de Pontevedra, apresentou à Orfeão Brigantino a peça intitulada Alborada Galega, conhecida como Alborada de Veiga.

Em 1878 ele deixou a Orfeón Brigantino e fundou a Orfeón Coruñés. 

Alborada de Veiga

Em 1882 ele criou o Novo Orfeón, que logo seria chamado El Eco.

Orfeón El Eco

Pascual Veiga convidou Juan Montes em 1889 para criar em conjunto um hino da Galiza. Por isso ele escreveu para Eduardo Pondal, que lhe enviou os versos aos quais ele colocaria música. Assim, a composição seria formada pelos nove primeiros estrofes do poema Os Pinos

Himno Gallego

Em 1896 mudou-se para Madrid quando foi nomeado professor do Conservatório Nacional de Música. No ano seguinte dirige o Orfeón Matritense e o Orfeón del Centro Gallego em Madrid.

Quando a "Alborada" de Veiga soou no Palais du Trocadéro na Exposição Universal de Paris de 1889.

Palais du Trocadéro

A Tour Eiffel, recém levantada, era o arco de entrada à "expo". Do outro lado do rio, nos salões do Trocadéro, desenvolvia- se o certame de orfeões, onde assistiu como participante o Orfeão Corunhês nº 4, baixo a direção de Pascual Veiga.

Vista aérea de Paris, com a Tour Eiffel, pavilhões da Exposição e Palais du Trocadéro (direita, arriba)

Ali, no vestíbulo do palácio, no médio de 1.600 cantantes de diversas formações de distintos países, atopava-se o minguado orfeão de apenas 25 vozes, que fez soar 8 composições, das que 5 eram do próprio Veiga. O presidente da comissão de audições, o famoso compositor Laurent de Rillé declara: "A pesar da imensidade da nossa sala de festas e a pesar do reduzido número de cantantes do orfeão da Crunha, fizeram-se aplaudir a bondade das suas vozes e a originalidade das composições"

Vestíbulo do Palais du Trocadéro

Não é de estranhar, imaginando o Paris de finais do século XIX, fronte à Tour Eiffel, prodígio da engenharia moderna, o efeito que pode causar um coro galego cantando uma alborada e o som do ancestral aturujo explodindo em médio da peça. O caso é que o Orfeão Corunhês nº4 dirigido por Veiga trouxe para a Galiza a medalha de ouro!

Áudio

09 - Pascual Veiga - Alborada galega
10 - Pascual Veiga - Noche feliz
11 - Pascual Veiga - Himno galego

Em setembro de 2022 presentou-se o trabalho de Manuel Ferreiro sobre o hino galego e de Xoán Costa sobre a bandeira, "Símbolos nacionais de Galiza", editado por Via Galega. A publicação inclui o trabalho destes autores sobre os símbolos nacionais, e a gravação do hino realizada por Solo Voces e Lucus Ensemble, ademais da partitura do himno com o texto restaurado por Manuel Ferreiro, engadida à publicação a jeito de separata.

 

PARTITURAS

Alborada Pascual Veiga Iglesias 1842   1906   Edição a partir do manuscrito original do autor.  
Noche feliz Pascual Veiga Iglesias 1842   1906   Edição a partir do manuscrito original do autor.  
La escala  Pascual Veiga Iglesias 1842   1906   Edição a partir do manuscrito original do autor.  
Mal de amor Pascual Veiga Iglesias 1842   1906   Edição a partir do manuscrito original do autor  
Al mar (Barcarola) Pascual Veiga Iglesias 1842   1906   Edição a partir do manuscrito original do autor 1881
Os pinos (Himno galego) Pascual Veiga Iglesias 1842   1906   1890